Apesar de possuírem públicos diferentes, o atacado e o varejo podem, sim, coexistir dentro do mesmo negócio. Embora o atacadista costume vender para lojistas e revendedores, há situações em que a venda direta ao consumidor final é permitida por lei.
No entanto, para isso acontecer de forma regular, é necessário seguir normas específicas. E, como a legislação tributária muda com frequência, o ideal é que o empreendedor entenda bem essas regras — ou tenha apoio técnico para isso.
Neste artigo, você vai entender:
- Qual é a diferença entre empresas atacadistas e varejistas
- Se é permitido atuar nas duas frentes simultaneamente
- Quais os cuidados fiscais que você deve ter
- E como a contabilidade especializada pode ajudar
O que define uma empresa atacadista ou varejista
No modelo tradicional, empresas atacadistas trabalham com grandes volumes. Elas compram produtos diretamente de fabricantes e vendem para empresas intermediárias, como lojas e mercados. Normalmente, não mantêm relação direta com o consumidor final.
Já o varejo opera em outra lógica. O foco está em atender o consumidor final, oferecendo variedade e pequenas quantidades. Nesse caso, supermercados, farmácias e mercearias são bons exemplos.
Portanto, o que diferencia essas duas categorias não é o produto em si, mas o volume e o tipo de cliente atendido.
É permitido vender no atacado e no varejo?
Sim, e essa prática é mais comum do que se imagina. Desde que a empresa registre ambas as atividades nos seus dados fiscais e contratuais, não há impeditivo legal.
Essa combinação é conhecida como “atacarejo”, uma junção de atacado + varejo. Nesse modelo, o empreendedor vende em grandes lotes para comerciantes, mas também atende o consumidor final que deseja poucas unidades — normalmente com um preço competitivo.
Porém, atenção: as duas operações seguem políticas comerciais diferentes, o que exige cuidado na separação de processos, precificação e gestão tributária.
O que diz a legislação sobre o CNAE e o ICMS
A chave para exercer as duas atividades está na correta indicação do CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas). Esse código deve conter, explicitamente, a permissão para atuar tanto como atacadista quanto varejista.
Além disso, o contrato social da empresa também precisa refletir essa natureza híbrida. Só assim será possível usufruir de benefícios fiscais específicos, como a redução na base de cálculo do ICMS.
De acordo com a Lei nº 5.005/2012, empresas com perfil atacadista podem:
- Tributar vendas em 12%, em vez da alíquota cheia;
- Aproveitar créditos de ICMS em até 12%, mesmo que o fornecedor destaque menos na nota;
- Recolher de forma mais vantajosa desde que cumpram as condições legais.
Assim, quanto mais a empresa vende no mercado interno, maiores serão as receitas com créditos acumulados. Isso reduz a carga tributária efetiva e amplia a margem de lucro.
Cuidados essenciais na gestão do atacarejo
Apesar das vantagens, o modelo atacarejo exige um controle ainda mais rigoroso. Por atender tanto empresas quanto consumidores, a operação se torna mais vulnerável a falhas fiscais e até à sonegação de impostos.
Por exemplo, há casos em que comerciantes compram no atacado, sem nota, como se fossem consumidores finais. Isso impede o registro da entrada nos próprios livros contábeis e abre margem para revendas informais, sem emissão de nota fiscal.
Para evitar esse tipo de exposição, é necessário:
- Ter sistemas de controle integrados;
- Estabelecer regras claras para cada tipo de cliente;
- Separar a política de preços entre atacado e varejo;
- E, principalmente, contar com apoio contábil especializado.
A importância da contabilidade no segmento atacadista
Gerenciar um atacarejo exige mais do que organização administrativa. É fundamental ter domínio da legislação fiscal, entender os enquadramentos corretos e identificar oportunidades legais de economia tributária.
Nesse sentido, a Gomide Contabilidade atua com foco total em empresas do comércio atacadista e varejista. Há mais de 50 anos, entregamos segurança e assertividade para empresários que querem crescer com estabilidade e sem sustos com o Fisco.
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