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Oportunidades de negócios para o comércio atacadista em 2019

12 fevereiro 2019

O comércio atacadista está em ascensão no país. Desde o primeiro semestre de 2018, os atacadistas estão em franco crescimento. No final do ano passado, o presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), Emerson Destro, mostrou otimismo após os resultados do setor. Segundo ele, a retomada do comércio como potência nacional é antes de tudo uma tendência para 2019.

Antes de falarmos sobre as oportunidades no comércio atacadista para este ano, é preciso retomar os tipos de negócios no setor de uma forma mais abrangente. A Abad classifica os modelos de atacado no Brasil em quatro categorias:

  • Atacadista generalista com entrega: compra da indústria sem vínculo de exclusividade e vende ao varejo por meio de visitas de vendedores.
  • Atacadista de autosserviço: também compra da indústria sem exclusividade; a diferença é que faz a venda em loja própria, em que o cliente paga na saída e transporta as compras. O atacadista neste modelo não tem custos com vendedor e entrega.
  • Distribuidor (especializado ou exclusivo): compra e vende produtos de fornecedores da indústria, com exclusividade, e vende ao varejo a partir de visitações de vendedores;
  • Agente de serviços: remunerado por comissão sobre o volume de serviço prestado. Atuam na área comercial, na operação logística ou na promoção de marcas e produtos.

Material Agrícola

O PIB do Agronegócio no Brasil deve crescer 2% neste ano segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Isso já é motivo suficiente para a venda de materiais agrícolas ser uma excelente oportunidade para o ramo atacadista em 2019.

Além disso, o IBGE aponta um crescimento no comércio varejista de produtos agropecuários. Dessa forma, você terá maiores possibilidades de venda, tanto para o produtor rural quanto para o comércio varejista, em uma estratégia B2B.

Você pode segmentar suas vendas em

  • Equipamentos agrícolas
  • Fertilizantes e pesticidas
  • Alimentação e medicamentos

Todos esses produtos têm alto fluxo de compra e venda. E a internet pode ser uma grande aliada em 2019. Além de ter uma loja virtual própria, você pode utilizar plataformas de compra e venda, como OLX e CBC Agrícola, para negociar desde grãos até máquinas para produção.

Se quiser fazer uma pesquisa prévia de mercado, pode começar pela lista da revista Forbes das 50 melhores empresas de agronegócio no Brasil.

Resíduos, sucata e material para reciclagem

O comércio atacadista de sucatas metálicas por exemplo:

  • Reúne mais de 5 mil empresas
  • Gera 42 mil empregos diretos
  • Contribui para redução da poluição ambiental

O estudo foi apresentado pelo Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço (Inesfa) no final de 2018. O maior foco deste setor é o fornecimento de matérias-primas para a indústria siderúrgica de produção de aço. Em 2018, as indústrias consumiram 8,9 milhões de toneladas de sucata para a produção de aço de acordo com o Instituto Aço Brasil (IABr).

Outra estratégia lucrativa do comércio atacadista de sucatas é a exportação. Um estudo publicado pela Univates analisou o mercado brasileiro de exportação de sucata metálica ferrosa para a Ásia.

O resultado da análise mostrou que o país exporta anualmente mais de 600 mil toneladas de sucata ferrosa, dos quais:

  • 557 mil toneladas são para países do Sul e Sudeste Asiático;
  • 26 mil toneladas para União Europeia;
  • 896 toneladas para os Estados Unidos
  • 415 toneladas para o Mercosul

Alimentos e bebidas

O comércio de alimentos e bebidas continua em destaque no setor atacadista. No ano passado, o comércio atacadista foi responsável por mais da metade da movimentação do mercado de produtos de uso básico diário dos brasileiros. Entraram para essa contagem produtos como alimentos, bebidas, assim como limpeza, higiene e cuidados pessoais.

Notícia recente da Abad indicou crescimento de 1,35% do mercado distribuidor em 2018 no Brasil. Esse crescimento, segundo a Abad, superou as expectativas para o ano passado.

Além disso, o faturamento real do setor cresceu em 1,9% na comparação entre Dezembro e Novembro do ano passado. O presidente da Abad, Emerson Destro, afirmou que esse crescimento foi constante no três últimos meses do ano e que a tendência é de que o avanço do faturamento se mantenha.

Se você tiver interesse em montar uma distribuidora de alimentos ou de bebidas, o Sebrae possui algumas dicas interessantes!

A estratégia dos atacadistas para vender mais em 2019

Mesmo com a crise econômica, o e-commerce no Brasil teve crescimento de 7,4%. Esse crescimento ocorreu devido à entrada de novos segmentos na prática do comércio online.

Um desses segmentos é o atacadista.

Atualmente a internet é o canal que facilita as vendas, porque quebra barreiras geográficas de divulgação de produtos e de negociação. Muitas empresas de varejo já trabalham com e-commerce, inclusive, em marketplaces.

A implantação do modelo de vendas pela internet é mais rápida para empresas que já começam suas atividades baseadas nessa estratégia. Para as empresas que já estão consolidadas no modelo offline, as principais dicas para ingressar no e-commerce são:

Mudança de cultura organizacional

Todos os setores da empresa precisam encarar a inovação. Por isso, o principal ponto é modificar o planejamento em parceria com os colaboradores já atuantes na equipe. Cada departamento da sua empresa pode contribuir com esse novo rumo.

A estratégia de e-commerce traz novos desafios para sua equipe, mas, ao mesmo tempo, torna o trabalho de cada um mais impactante. Afinal, as vendas não terão mais fronteiras.

Revisão das estratégias de Marketing

A redução de custos de venda é o principal resultado do e-commerce para seu comércio por atacado. Essa redução é atingida, principalmente, pela reformulação de sua estratégia de marketing.

Apesar de que também há custos nas vendas digitais, você não precisará investir tanto em catálogos, em viagens de vendedores, em materiais promocionais. Afinal, a maioria de suas decisões de gestão em vendas e em marketing podem ser aplicadas em poucos cliques.

Criação da plataforma virtual

Tenha cuidado com a estrutura da sua plataforma. Diferente do que acontece nas vendas B2C, no atacado, é preciso ter maiores cuidados com a exposição dos produtos e, principalmente, com a precificação.

Você pode, por exemplo, estabelecer preços de acordo com o perfil dos clientes. Mas, para isso, precisa determinar que os preços apareçam apenas quando o lojista estiver logado na plataforma.

Além disso, você pode utilizar sua plataforma para captação de leads, que são clientes em potencial. Quando um lojista acessar sua loja virtual, ofereça algum material digital, como ebooks ou cupons de desconto, em troca do preenchimento de um formulário para cadastro de e-mail do visitante.

Após coletar este e-mail, é possível trabalhar com estratégias específicas para cada público, para cada região. Assim, você conseguirá traçar campanhas de marketing mais assertivas, com menor custo e com maior conversão em vendas de produtos.

Ficou claro para você as informações citadas? Para saber mais sobre o assunto conte com a nossa equipe. Entre em contato com a gente!

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