Desde março de 2020 está em vigor o novo cálculo do INSS, que foi modificado devido à Reforma da Previdência de 2019 e ao reajuste do salário mínimo. As empresas precisam estar cientes sobre essa mudança, pois ela altera também os descontos na folha de pagamento dos seus colaboradores.
Se você ainda não sabe quais são os novos valores e a forma de fazer o cálculo do INSS, continue lendo o nosso artigo. A seguir, explicaremos quais são as mudanças e como ficará a folha de pagamento de sua empresa!
Novos valores do INSS
A primeira mudança que impacta na folha de pagamento e no cálculo é o reajuste do salário mínimo. De R$ 1.039,00 ele passou para R$ 1.045,00. Além disso, passaram a funcionar as novas alíquotas para os trabalhadores de empresas privadas, domésticos e os avulsos.
Antes, havia uma alíquota única que era descontada sobre uma determinada faixa salarial. Observe como era:
- 8% para os trabalhadores que recebiam até R$ 1.830,29;
- 9% para aqueles que recebiam entre R$ 1.830,30 e R$ 3.050,52;
- 11% para quem recebia de R$ 3.050,53 a R$ 6.101,06.
Agora, as alíquotas são progressivas. Ou seja, elas são descontadas de acordo com o salário exato do trabalhador. Veja os novos valores:
- 7,5% para os trabalhadores que recebem até R$ 1.045;
- 9% para quem recebe entre R$ 1.045,01 e R$ 2.089,60;
- 12% para os que recebem de R$ 2.089,61 a R$ 3.134,40;
- 14% para aqueles que recebem entre R$ 3.134,41 e R$ 6.101,06.
Essa mudança foi feita para que o desconto seja mais justo, já que quem ganha menos vai contribuir menos e quem ganha mais vai contribuir mais.
Como fazer o novo cálculo do INSS
E como isso será aplicado na prática? Um trabalhador que recebe o salário mínimo, por exemplo, terá um desconto de 7,5%, ou seja, de R$ 78,38. Entretanto, a conta para saber qual é a contribuição de um colaborador que não recebe o valor mínimo e nem o máximo de sua faixa salarial é um pouco diferente.
Para saber o valor da contribuição de um trabalhador que recebe R$ 1.830,30, por exemplo, será preciso subtrair o valor mínimo de sua faixa (R$ 1.045,01) de seu salário total.
Em seguida, desconta-se 7,5% dos R$ 1.045 (R$ 78,38) e 9% dos R$ 785,30 restantes (R$ 70,67). Sendo assim, no total serão descontados R$ 149,05, um valor menor que anteriormente quando eram descontados R$ 164,72. Ou seja, realmente é um cálculo mais justo que o anterior.
Além disso, aqueles trabalhadores que recebem acima do teto (R$ 6.101,06) continuarão com a mesma contribuição, pois essas alíquotas não devem ser consideradas para os colaboradores que ganham mais que o teto. Em 2020, esses trabalhadores têm que contribuir com R$ 713,09.
As alíquotas progressistas provocam uma mudança significativa nos cálculos da folha de pagamento da empresa. Por isso, é fundamental que a empresa saiba como elas funcionam e não se esqueça de aplicá-las a partir de agora.
Se você quiser saber mais dicas sobre contabilidade para a sua empresa, basta continuar acessando o blog da Gomide!