Escolher o regime tributário ideal muda completamente a saúde financeira de uma empresa. Nesse cenário, o regime de Lucro Presumido figura entre as opções mais usadas por negócios de médio porte e por prestadores de serviços que procuram simplificar a apuração dos impostos. Mas será que ele é a melhor opção para sua empresa?

Neste artigo, você descobrirá como funciona o Lucro Presumido, quais impostos incidem, quais benefícios ele oferece, quais desvantagens existem e para quais empresas ele tende a fazer mais sentido. Dessa forma, se o seu objetivo é realizar um planejamento tributário eficiente e pagar apenas o justo, prossiga com a leitura e avalie essa alternativa para o seu negócio.

O que é o Lucro Presumido e como ele opera

O Lucro Presumido é um regime tributário simplificado indicado para empresas com faturamento anual de até R$ 78 milhões. Nesse sistema, a base de cálculo dos tributos é “presumida” pela Receita Federal, ou seja, considera‑se uma margem fixa segundo a atividade da empresa. Assim, mesmo que o lucro real seja diferente, os impostos são calculados com base nesse percentual predefinido.

Como calcular os tributos segundo esse regime

Para apurar os impostos no Lucro Presumido, é necessário primeiro aplicar um percentual sobre a receita bruta:

  • 8% para atividades comerciais, industriais ou de transporte de cargas;

  • 16% para transporte de passageiros;

  • 32% para prestação de serviços em geral.

Essa base presumida serve para calcular o IRPJ e a CSLL. Além desses, sua empresa ainda recolhe PIS e COFINS — no regime cumulativo — com alíquotas de 0,65% e 3%, respectivamente.

Por exemplo: imagine que uma empresa presta serviços e tem receita mensal de R$ 100.000. Nesse caso, aplica‑se 32% e obtém‑se R$ 32.000 como base de cálculo, independentemente do lucro real. Se essa empresa possui margem superior a essa presunção, então o regime pode ser vantajoso.

Quais impostos incidem no Lucro Presumido?

Empresas optantes precisam recolher diversos tributos federais e, dependendo da atividade e local, tributos estaduais ou municipais. A seguir, o detalhamento:

  1. IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica)

    • Calculado com base na margem presumida;

    • Alíquota de 15% + 10% sobre o valor que exceder R$20.000 por mês.

  2. CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido)

    • Incide sobre a mesma base do IRPJ;

    • Alíquota de 9% para a maioria das empresas, ou 15% para instituições financeiras.

  3. PIS/COFINS

    • Regime cumulativo;

    • Alíquota de 0,65% para o PIS e 3% para a COFINS sobre a receita bruta;

    • Não há direito a créditos como ocorre no Lucro Real.

  4. ISS (Imposto sobre Serviços)

    • Cobrado por municípios sobre prestação de serviços;

    • Alíquota varia, normalmente entre 2% e 5% conforme local e atividade.

  5. ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)

    • Aplica‑se em empresas que comercializam mercadorias ou prestam serviços específicos;

    • A alíquota depende do estado e da natureza do produto ou serviço.

Como esses impostos afetam sua empresa?

O ponto central está no fato de que, no Lucro Presumido, os tributos são calculados com base na receita, e não no lucro real. Consequentemente, mesmo se a empresa tiver prejuízo, ainda assim terá que recolher impostos. Por outro lado, se a margem de lucro for elevada, esse regime pode resultar em economia em comparação ao Lucro Real.

Vantagens do Lucro Presumido

As principais vantagens incluem:

  • Apuração simplificada de impostos, pois dispensam cálculos extensos de lucros reais.

  • Maior previsibilidade da carga tributária, já que as alíquotas e bases são conhecidas previamente.

  • Possibilidade de pagar menos impostos se a margem de lucro for superior à presumida.

  • Menor custo em obrigações acessórias contábeis, o que reduz gastos com contabilidade.

  • Recolhimentos trimestrais, permitindo melhor organização financeira.

Esses pontos fazem com que muitas empresas considerem o Lucro Presumido como opção atrativa.

Desvantagens do Lucro Presumido

Apesar dos benefícios, é crucial considerar os aspectos negativos:

  • A base de cálculo pode ser desfavorável se a margem real for menor que a presumida, resultando em imposto maior que o necessário.

  • Impossibilidade de aproveitamento de créditos de PIS e COFINS, ao contrário do Lucro Real.

  • Limite de faturamento de até R$ 78 milhões anuais; ultrapassando‑se esse valor, há obrigatoriedade de migração para outro regime.

  • Risco de pagar impostos mesmo em períodos de prejuízo, uma vez que a tributação está vinculada à receita.

  • Alíquotas cumulativas de PIS/COFINS podem penalizar operações com margens estreitas.

Para quais empresas o Lucro Presumido é indicado?

Esse regime tende a fazer sentido para:

  • Prestadoras de serviços com margens elevadas, como saúde, consultorias, advocacia e tecnologia.

  • Empresas comerciais ou industriais cujas margens ultrapassem os percentuais presumidos.

  • Negócios com faturamento anual dentro do limite permitido.

  • Empresas que buscam reduzir burocracia e otimizar custos contábeis.

Por outro lado, ele exige cautela se:

  • A margem de lucro for inferior à presumida.

  • A empresa depender de créditos tributários de insumos ou compra de mercadorias.

  • A estrutura de custos for elevada ou marginalmente operante.

Assim, a escolha depende de vários fatores — não apenas do faturamento.

Lucro Presumido x Outros regimes tributários

Comparando com outras alternativas:

Lucro Presumido vs Lucro Real

  • Presumido: mais simples, melhor para empresas com margens elevadas e que não aproveitam créditos.

  • Real: exige controle mais rigoroso, mas pode reduzir imposto se os custos forem elevados e a margem baixa.

Lucro Presumido vs Simples Nacional

  • Presumido: adequado para empresas que excedem o limite do Simples ou que pagariam menos impostos nesse regime.

  • Simples Nacional: voltado para micro e pequenas empresas, com faturamento até R$ 4,8 milhões, mas nem sempre vantajoso para prestação de serviços com margens menores.

Para escolher corretamente, é necessário analisar receita, margem, custos, estrutura operacional e o apoio contábil.

Como tomar a decisão certa para sua empresa?

A seleção do regime tributário mais adequado deve ser baseada em uma análise detalhada — considerando margem de lucro, custos operacionais, faturamento e projeções futuras. Sem esse planejamento, a carga tributária pode se tornar mais alta do que o necessário, prejudicando a saúde financeira da empresa.

Por isso, contar com um contador especializado transforma a escolha em estratégia inteligente. A Gomide Contabilidade está pronta para apoiar você nesse processo, oferecendo planejamento tributário personalizado e ajudando a pagar apenas o que for justo.

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