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CCJ aprova teto de 2% para alíquota do Imposto Seletivo sobre bebidas açucarada
19 de setembro de 2025

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou o teto de 2% para a alíquota do Imposto Seletivo sobre bebidas açucaradas, um ponto que integra a regulamentação da Reforma Tributária em andamento. A decisão, que ainda precisa avançar em outras etapas legislativas, pode transformar não apenas o mercado de bebidas, mas também a forma como empresas planejam sua carga tributária nos próximos anos.

O que é o Imposto Seletivo e por que ele existe?

O Imposto Seletivo é um tributo extrafiscal, criado com dupla função: arrecadar recursos e desestimular o consumo de produtos que causam externalidades negativas para a sociedade. Isso inclui, por exemplo, cigarros, bebidas alcoólicas e, agora, refrigerantes e sucos artificiais com alto teor de açúcar.

Segundo a justificativa da Reforma, esses produtos geram custos ao sistema de saúde pública e, por isso, faz sentido uma tributação adicional. No entanto, a definição do teto de 2% abre um debate: seria essa alíquota suficiente para realmente influenciar o comportamento do consumidor?

Como o teto de 2% afeta empresários e gestores financeiros?

Para as empresas do setor de bebidas, o teto traz previsibilidade. Em vez de lidar com riscos de alíquotas elevadas, o mercado já sabe que o limite máximo será de 2%. Isso ajuda no planejamento de preços, margens e investimentos de médio prazo.

Na prática, uma indústria em Brasília ou no Distrito Federal pode reorganizar seu fluxo de caixa sem o temor de ver o imposto variar de forma abrupta. Mas, para os contadores e consultores tributários, surge um novo desafio: calcular corretamente o impacto desse tributo em cenários de transição para o novo sistema IBS/CBS.

Impacto regional: o que muda para empresas em Brasília e no DF?

Empresas do Distrito Federal e região já convivem com margens apertadas devido a altos custos logísticos e de operação. A adição de 2% pode parecer pequena, mas em grandes volumes, o efeito sobre fluxo de caixa e lucratividade é real.

Além disso, a presença de supermercados atacadistas e distribuidores no DF torna a discussão ainda mais relevante, pois qualquer aumento na carga tributária repercute rapidamente no preço ao consumidor final.

Aqui, cabe destacar um ponto técnico: a alíquota será limitada, mas ainda haverá custos indiretos, como adequação de sistemas fiscais, auditorias e reestruturação de notas fiscais eletrônicas.

O teto de 2% é eficaz para reduzir consumo?

O México, citado como referência, implementou um imposto mais elevado sobre refrigerantes e registrou redução significativa no consumo nos primeiros dois anos. Contudo, a longo prazo, parte do efeito foi absorvido pelo mercado.

No Brasil, uma alíquota de apenas 2% pode ter impacto limitado. Especialistas em saúde pública defendem índices maiores, enquanto a indústria celebra a previsibilidade. Para empresários e contadores, o recado é claro: a questão vai além do imposto em si, trata-se de adaptar estratégias de precificação e de posicionamento de produto em um cenário de transição tributária.

Próximos passos legislativos

É importante destacar que a aprovação na CCJ não significa que a regra já esteja valendo. O projeto ainda precisa tramitar em outras comissões e ser analisado no plenário. Empresários e gestores devem acompanhar de perto a evolução, pois mudanças podem ocorrer até a versão final da lei.

Checklist estratégico para empresários e gestores

  1. Revisar projeções de precificação para 2025 considerando o teto de 2%.

  2. Simular cenários de impacto no fluxo de caixa com apoio da contabilidade.

  3. Monitorar ajustes legais até a sanção definitiva.

  4. Avaliar se o repasse ao consumidor é viável ou se será necessário absorver parte do custo.

  5. Integrar o tema ao planejamento tributário mais amplo, especialmente em transição para o novo modelo IBS/CBS.


Conclusão

O teto de 2% no Imposto Seletivo sobre bebidas açucaradas traz segurança jurídica ao setor, mas abre dúvidas sobre sua real efetividade como instrumento de saúde pública. Para empresários, gestores financeiros e contadores, o desafio está em transformar essa mudança em planejamento estratégico — evitando surpresas e aproveitando oportunidades em meio à Reforma Tributária.

Na Gomide Contabilidade, acompanhamos cada detalhe da regulamentação para oferecer análises práticas e consultoria especializada às empresas do Distrito Federal e região.

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